Todo mundo deseja uma Renda Extra né…??? Só que essa não é mais uma abordagem, como tantas outras que encontramos no Google, falando a respeito das oportunidades, ou de onde você deveria investir o seu dinheiro suado. Percebo esses textos, quase como um canto de sereia, onde náufragos da economia tradicional, lutam para sobreviver e encontrar o, tão sonhado, porto seguro da Renda Extra.
Nossa abordagem pretende fugir do lugar comum das listas, que geralmente citam como tendências e mercados promissores, os segmentos de Alimentação, Vestuário, Pequenas Reformas, Vendas de Planos de Saúde e Seguros, Serviços de Educação, Beleza e Cosméticos, e por ai vai…!!! A lista é grande e quase sempre nos leva à empresas cujo meio de expansão é através de Franquias.
Nada contra, ainda vou escrever um artigo sobre isso, mas o que proponho agora é uma reflexão à longo prazo. Esta envolve a percepção de que a inserção cada vez mais profunda e irreversível do consumidor no mundo online, alterou suas crenças e valores. Isso significa, entre outras coisas, que uma simples e displicente presença digital das empresas, não é capaz de enxergar e reagir a essas mudanças.
Tendências do comportamento do consumidor que as empresas precisam observar:
- Transformação digital
A internet móvel possibilitou-nos ter o mundo na palma da mão. É por isso que o seu negócio precisa estar bem posicionado na internet. Se ele não estiver … o seu concorrente vai estar. Essa é uma realidade da qual não há como fugir. As pessoas esperam ser atendidas de forma eficiente, rápida e de preferência, automaticamente.
Trazer negócios tradicionais para o digital, nem sempre é tarefa fácil. Isso envolve ter o desprendimento de passar todos os processos a limpo e confrontá-los com as expectativas, cada vez mais altas, dos consumidores.
O consumidor hoje, busca interagir com as marcas. Ele quer ser ouvido. E você deve ouvi-lo, pois ele tem um palanque disponível 24 horas, que vai usar se não gostar dos seus produtos ou serviços. Ele será ouvido por milhões e o estrago pode ser grande…. Então, é melhor se adaptar a esses novos tempos, de um celular na mão, uma ideia na cabeça e uma rede social ávida por conteúdo.
- Código de Ética Digital
Nunca como antes, questões envolvendo privacidade, proteção e uso dos dados pessoais dos clientes captados através de sites, estiveram tão em evidência. Nesse sentido, o escândalo do vazamento de informações no Facebook foi um ponto crucial e teve muito impacto na propagação das discussões. No final de 2018, a Comunidade Europeia promulgou a Lei de Proteção de Dados, que ficou conhecida como GDPR.
Tudo isso indica que as empresas precisam se adaptar e tomar precauções para que seus clientes estejam em ambientes seguros. Toda e qualquer utilização de seus dados precisa ser transparente e consensual. Isso precisa estar muito evidente durante a navegação do usuário nos sites das empresas. E é claro que isso requer adequação e investimento.
Faz-se necessário a criação de um Código de Ética Digital que deixe claro os limites e as implicações de se assinar uma lista de transmissão, ou ao baixar um aplicativo no celular. Tudo precisa estar mais transparente.
- Valorizar a experiência do cliente
Mais do que comprar produtos, o consumidor deseja colecionar experiências. Na mente desse consumidor; vai impactar, muito mais do que as inúmeras propagandas às quais está exposto diariamente; o prazer de uma experiência incrível.
Os negócios tradicionais não foram concebidos para causar esse impacto. Daí a necessidade urgente de se adaptar os modelos de negócios a essa tendência. Encontrar esse fator de encantamento exige foco, pesquisa de satisfação e aprimoramento constante.
- Marcas com ideologias
O mundo hoje, está muito polarizado. A sociedade brasileira, assim como as famílias estão divididas e as pessoas cada vez mais encasteladas. A necessidade de pertencimento é um traço dos nossos dias.
Com tudo isso, é natural que as pessoas exijam que as marcas também se posicionem. É inevitável e complicado, pois pesquisas demonstram que as pessoas declaram que comprariam mais de uma determinada marca, caso ela demonstrasse ser favorável a uma causa que elas também acreditam.
Da mesma forma, as pessoas também declaram que boicotariam marcas que tivessem afinidade com uma ideologia contrária. Em tempos de ativismo em redes sociais, não dá mais para querer vender para todas as torcidas. Em algum momento, as empresas terão que se posicionar.
Com base nessas constatações, afirmo que a análise superficial dos segmentos de mercado, citados anteriormente, pouco significam para quem realmente deseja empreender. Quem quiser ir mais a fundo, deverá pesquisar em cada modelo de negócio, sinais importantes que indiquem se este segmento está alinhado com o futuro e com as tendências de comportamento do consumidor na internet.
Mas afinal, o que estamos procurando?
- Escalabilidade
Ter escalabilidade significa que o seu negócio tem potencial de aumentar as receitas sem que seja necessário aumentar proporcionalmente os custos.
Isso está diretamente ligado a uma necessidade específica de mercado. Uma dor não atendida e pouco explorada e/ou pouco compreendida pelo mercado tradicional.
Ter escalabilidade significa que o projeto de expansão pode ser iniciado antes mesmo do desenvolvimento pleno do negócio, que permite a ampliação de fronteiras e até mesmo um aspecto global.
Para ser escalável, um negócio precisa:
- Ser ensinável. Isso permite que todos os processos possam ser facilmente transmitidos para todos os colaboradores.
- Envolver produtos/serviços que não sejam medidos em commodities e que agreguem valor pelo benefício único ou pelo conhecimento transmitido ao seu consumidor.
- Ser recorrente, ou seja, que o seu consumo seja feito em ciclos curtos.
- Receita recorrente
A maior vantagem de um negócio que é planejado para ter receitas recorrentes, diz respeito retenção dos clientes. Isso ajuda na previsibilidade das receitas, na gestão de fluxo de caixa, na redução dos custos de manutenção da base de clientes e na redução dos níveis de inadimplência.
Novamente, chamamos atenção para a necessidade de adequar os modelos de negócio tradicionais, pois o que vai reter esses clientes é a boa experiência com os produtos e serviços da empresa, que consequentemente, precisa revisar todos os seus processos.
- Inovações
É importante planejar modelos de negócio que sejam baseados em alguma inovação. Quer sejam inovações tecnológicas, ou de produto, ou até mesmo inovações organizacionais. Quanto mais inovador for o produto ou serviço, mais ele se tornará exclusivo, desejável e com potencial de escalabilidade e geração de receita recorrente.
A inovação também é fator chave para oportunizar longevidade. Esse é um atributo muito desejável, principalmente quando se considera que muitos negócios atualmente são planejados para funcionar com a estratégia da obsolescência programada.
Estar na contramão desse movimento, pode ser um bom sinal.
- Mercado global
A internet nos permite a onipresença. As redes sociais nos conectam ao mundo. Importante notar que mesmo os pequenos negócios locais podem se beneficiar com estratégias de expansão global. Lembrem-se de que os consumidores anseiam por colecionar experiências. Então o seu negócio não precisa ter limites físicos e geográficos.
Você pode projetar o seu negócio de modo a que ele já nasça com potencial global. Modelos escaláveis e atrelados a inovações tecnológicas, possuem uma capacidade de se internacionalizar mais rapidamente e com custos bem menores em relação a empresas tradicionais.
- Barreiras de entrada
De nada adianta ter um negócio e ele não lhe oportunizar algum nível de exclusividade ou dominância de um segmento ou nicho de mercado. É muito desejável que o empreendimento esteja inserido em um mercado que imponha algumas barreiras de entrada à novos participantes, e que estas não sejam vencidas apenas com a simples injeção de dinheiro.
Refiro-me a barreiras como inovações, patentes, fórmulas secretas, produtos exclusivos, enfim soluções sob medida, que garantam a exclusividade em uma determinada região. Isso ajuda muito a consolidação do empreendimento e o desejado retorno do capital investido.
Agora me diz uma coisa… E você que navega pela internet e anda em busca de uma oportunidade de renda extra ou que deseja empreender e montar um negócio próprio…? O que mais você busca ao avaliar um negócio em potencial? O que é mais importante para você?
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